Nas diferentes reflexões sobre o tema da Liderança alguns tópicos importantes têm mudado ao longo dos últimos anos. Não se fala em reinventar a liderança, mas de complementar os modelos que conhecemos com novos elementos.
O novo contexto em que se move a Liderança é contraditório em si mesmo. Segundo os estudos, carece de uma visão de futuro, mas tem de ser taticamente forte; fornece uma orientação forte, mas tem de estar aberto a novas ideias e ao contraditório; precisa de se alimentar em redes de trabalho amplas, mas também de ser capaz de se movimentar sozinho com rapidez; exige que se transmita energia e dinamismo, enquanto pede consistência e sustentabilidade.
Na conferência de Davos, Michelle Bachelet, ex-presidente Chilena, referiu que em tempos de mudança, os melhores líderes serão aqueles que podem ser generais num dia e mediadores do consenso no dia seguinte. Mesmo no feminino, líderes e autoras concordam que a liderança de hoje ainda precisa ser hierárquica, mas também flexível. Em quê que ficamos?
Tal como Janus, o Deus romano que era descrito como um homem de duas cabeças, cada uma orientada para uma direção oposta, o novo modelo de liderança pode e deve ter as duas abordagens bem distintas: comandar e colaborar. Esta ideia está claramente descrita nas palavras de Jack Welch quando lhe perguntavam sobre o melhor exemplo de liderança que tinha tido na sua vida – ‘A minha mãe. Ora me empurrava ora me abraçava. Quando eu precisava.’
Bibliografia:
Welch. J. (2001) Vencer. Actual Editora.
Ibarra, H. (2015). Act Like a Leader, Think Like a Leader. Boston: Harvard Business Review.