O resultado do recrutamento e selecção de funcionários tem um impacto chave no desempenho, eficácia e produtividade de uma organização. Mas, será que damos a importância necessária em assegurar que unicamente recrutamos o pessoal que vai agregar valor na nossa empresa? A resposta na maior parte dos casos é negativa, muitas das vezes por razões compreensíveis da disponibilidade de pessoal, tempo, e orçamento na empresa; ou da necessidade competitiva única de cada empresa ou sector; e outras por simplesmente esquecer a sua importância estratégica dentro dos processos de RH e da empresa.

A solução que muitas das vezes achamos que vai compensar estas situações de tempo, recursos e concorrência tem sido externalizar o serviço para poder ter uma exigência assegurada no processo sem ter que criar um departamento de recrutamento com um bom recrutador experiente. Ainda, é importante ter todo o processo e estratégia de recrutamento bem alinhada internamente para logo poder trabalhar da melhor forma com um fornecedor externo. Isso requer preparação anterior como o departamento que pede a vaga, alinhamento das prioridades, criação conjunta do perfil,  assim com outras tantas metodologias dentro do que se diria fazer recrutamento de forma estratégica.

Algumas de estas metodologias que eu acho essenciais, são:

  • Primeiro de todo criar sempre uma estratégia predefinida para todos os recrutamentos, trabalhar de forma planificada e organizada em cada processo;
  • Observar e diferenciar-se da forma de procurar candidatos da concorrência directa;
  • Dedicar tempo a criar uma forte marca de empregador (se calhar do mais importante);
  • Agilidade e capacidade de negociar rápido para não perder talento na fase de negociação;
  • Ter variadas fontes de procura de candidatos para assegurar a maior probabilidade de sucesso;
  • Decisões de selecção baseadas tanto em instinto como em dados, só uma de elas não funciona;
  • Construir uma cultura organizacional de recrutamento, como por exemplo os sistemas de referencias internos;
  • Foco no candidato e como convence-lo para vir a nossa empresa, e não ao contrario com foco na nossa “superioridade” como empregador;
  • Trabalhar com o objetivos e com a rentabilidade para a empresa por cada candidato recrutado e processo feito;
  • Incluir o conceito de diversidade no recrutamento para obter novas ideias na empresa;
  • Utilizar a tecnologia disponível para optimizar os processos mais burocráticos;
  • Integrar com outros processos de RH e departamentos da empresa;
  • Avaliar o meio em que estamos para saber quando há falta de talentos num sector ou área;
  • Utilizar as métricas e dados para sempre tentar fazer os processos de seleção o mais eficiente possível;
  • E finalmente ter visão para os novos ambientes de trabalho, modalidades de teletrabalho, e novas profissões do futuro.

Atenção que o recrutamento estratégico vem de uma liderança estratégica. Como em todas as iniciativas de uma empresa, tem que haver uma consideração forte por parte da gestão de topo, em criar uma estratégia da empresa, que inclui um RH estratégico, e a sua vez, um recrutamento estratégico. Unicamente de essa forma vamos conseguir fortalecer o ADN da nossa empresa para semear um futuro brilhante baseado nas pessoas e talento recrutados para nossa organização.

2 thoughts on “Recrutamento estratégico: o ADN da nossa organização”

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