Como lidar com a mudança no seu trabalho e na sua vida.
Sugestão de Leitura por: Bruno Sousa
Quem mexeu no meu queijo é uma fascinante parábola que nos leva a reflectir sobre a nossa capacidade de reagir às mudanças inesperadas. Conta a trajectória de quatro personagens, rato e pequenos humanos, que percorrem um labirinto em busca de queijo.
O labirinto é a vida, com as suas dificuldades e incertezas. O queijo é o nosso objectivo, trabalho ou qualquer outra fonte de conforto e segurança. Ratos e pequenos humanos somos nós, personagens diferentes, com reacções e visões diferentes.
A história começa com quatro personagens os ratos: Fungadela e Correria, e os pequenos humanos: Pigarro e Gaguinho procurando por queijos, em um enorme labirinto. Uma busca diária.
Fungadela e Correria agiam por instinto e Pigarro e Gaguinho, usavam os seus cérebros.Apesar das diferenças, os ratos e os duendes tinham algo em comum. Todos as manhãs, cada um vestia o seu fato de treino e calçava os seus ténis, saia da sua pequena casa e percorria o Labirinto à procura do seu queijo favorito. O labirinto era um emaranhado de corredores e câmaras, alguns contendo deliciosos queijos. Mas também existiam recantos escuros e becos sem saída que conduziam a nenhures. Era muito fácil alguém perder-se lá dentro. Contudo, para aqueles que conseguiam encontrar o seu caminho, o Labirinto possuía segredos que lhes permitiriam desfrutar de uma vida melhor.
Os ratos, usavam o simples método de tentativa e erro para encontrarem o seu queijo, percorriam um corredor e, se este estivesse vazio, voltavam atrás e enveredavam por outro caminho. Os pequenos humanos, também utilizavam as suas capacidades de raciocínio e aprendizagem que tinham experimentado em situações anteriores. Só que estes podiam contar com os seus cérebros complexos para desenvolverem métodos mais sofisticados para encontrar o queijo. Por vezes faziam correctamente, outras vezes as suas convicções e emoções humanas assumiam o comando e toldavam-lhes a forma como encaravam as coisas, o que tornava a vida no labirinto mais complicada e um verdadeiro desafio.
Certo dia, cada um à sua maneira encontraram um lugar com bastante queijo, a Estação Q de Queijo. Pigarro e Gaguinho mudaram-se para perto da “Estação Q” construindo a sua vida em volta deste espaço e relaxaram, acreditando que teriam alimento para os resto de suas vidas. Estavam felizes e seguros. Os ratos continuaram a acordar e a percorrer o trajecto diariamente. Antes de saborearem o queijo, penduravam os ténis de corrida no pescoço caso precisassem deles novamente, eles tinham o hábito de farejar o queijo e inspeccionar toda a área. Por isso eles perceberam que o estoque estava a diminuir e não ficaram surpresos quando o queijo acabou.
Sem pensar duas vezes, eles calçaram os ténis de corrida e partiram em busca de uma nova estação. E encontraram a estação N de novo Queijo . Os pequenos humanos, despreparados, ficaram perplexos, mas não abandonaram a estação vazia. Simplesmente, perguntavam-se: quem mexeu no meu queijo? Eles acreditavam que alguém recolocaria o produto ali. Permaneceram parados, esperando.
Com o passar do tempo Gaguinho decidiu seguir o exemplo dos ratos e partiu à procura de um novo queijo. Avançou por caminhos desconhecidos, enfrentou o medo, a indecisão, a vergonha de errar e foi adiante até que, tal como os ratos encontrou a Estação N. Durante a sua trajectória foi deixando frases nas paredes do labirinto, compartilhando assim as suas experiências e aprendizados. Gaguinho acreditava que, assim, estaria ajudando quem viesse depois. Pigarro, por outro lado não seguiu e permaneceu estagnado, esperando. Ele se achava velho demais para recomeçar.
As mensagens de Gaguinho na busca pelo novo Queijo:
- Se não mudares aproximas-te da extinção.
- O que farias se não estivesse com medo?
- Cheira o queijo com frequência para saberes quando começa a ficar velho.
- Quando Ultrapassas o teu medo, sentes-te livre.
- As velhas crenças não te conduzem ao novo queijo.
- Reparar atempadamente em pequenas mudanças faz com que te prepares para as grandes mudanças vindouras.
Com mais de 20 milhões de exemplares vendidos, esta fábula simples e criativa ensina-nos que tudo muda e que até aquilo que consideramos seguro e fundamental se pode vir a tornar obsoleto.