O Porto de Luanda é membro do Pacto Global das Nações Unidas desde 21 de Junho 2018. Como tal, aderiu ao chamado desta instituição, que insta as empresas de todo o mundo a levarem a cabo, lá onde as suas operações estão presentes, no quadro da responsabilidade social corporativa, acções concretas que ajudem as comunidades mais carenciadas a fazerem face à pandemia da covid-19.

A covid-19 é uma doença viral de fácil e rápida propagação, que, na sua fase mais grave, provoca a falência do sistema respiratório. Matou até à data, de acordo com dados estatísticos mundiais, 590.650 pessoas e lançou a economia global para o abismo, paralisando-a e destruindo milhões e milhões de empregos.

A Covid-19 surgiu pela primeira vez na província chinesa de whuan.

 Em Angola, os dois (2) primeiros casos importados de covid-19 foram identificados em Março. Até Maio o país conseguiu conter a proliferação da doença, mas daí em diante, apesar do reconhecido esforço que as autoridades políticas e sanitárias têm realizado, os casos têm-se multiplicado de forma relativamente acelerada.

É aqui que a importância do chamado do Pacto Global das Nações Unidas é mais notória.

Ciente do poder paralisador e destruidor desta pandemia e, sensibilizado pelo repto lançado pelo Pacto Global, o Conselho de Administração do Porto de Luanda, ao assinalar no dia 15 de Junho o 75º aniversário da empresa, substituiu o carácter festivo que habitualmente marca a efeméride, por uma sucessão de actos filantrópicos.   

Ao todo, mais de 1500 pessoas das comunidades de Boavista, Ilha do Cabo e do Lar de Acolhimento Juvenil dos Ramiros, receberam a ajuda do Porto de Luanda em bens alimentares e de biossegurança, designadamente arroz, esparguete, óleo alimentar, açúcar, feijão, sabão, álcool em gel, reservatórios de água e lavatórios.

Os lavatórios, 2, tiveram por destino o Lar dos Ramiros, ao passo que, com os 4 reservatórios de água potável, com uma capacidade total de 40 mil litros, o Porto de Luanda instalou dois pontos de abastecimento nas áreas da Textang e Angases, na zona da Boavista, e deixou a garantia de enchê-los periodicamente para que o precioso líquido não volte a faltar naquelas duas localidades, já que estão privadas do fornecimento da rede pública.  

As mais de 1500 pessoas que beneficiaram da ajuda, no quadro da comemoração do 75º aniversário do Porto de Luanda e da adesão da empresa ao chamado do Pacto Global das Nações Unidas, foram identificadas conjuntamente pelo doador e pelas administrações locais e órgãos representativos dos moradores.  

Segundo as autoridades, uma das causas do crescimento acelerado do número de casos de covid-19, desde finais de Maio, embora se admita que esta situação não seja mais do que um simples reflexo do progressivo aumento da capacidade de testagem do país, é o significativo nível de incumprimento, que vem crescendo, das medidas de contenção, em especial o confinamento cívico e o distanciamento físico obrigatório.

 Uma parte do incumprimento do confinamento talvez possa ser imputada à pobreza que ainda assola a esmagadora maioria dos angolanos e que os obriga a sair de casa, para ganhar o sustento do dia, mesmo quando isto implica agravados riscos para a sua saúde. As comunidades beneficiárias e os respectivos administradores, em nota de agradecimento, sublinharam que a doação do Porto de Luanda será muito útil na prevenção contra a pandemia, uma vez que vai ajudá-los a ficar por mais tempo em casa e a manter as mãos limpas.

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