Para que uma transformação ágil aconteça, precisamos criar o senso de urgência de mudança na Administração e criar o ponto de inflexão, o ponto onde não há mais volta, mas percebendo que todos querem abraçar a mudança, por maior complexidade que esta tenha.
John Kotter enumerou os oito passos para liderar uma mudança, que devem ser aplicados pelo RH para liderar a transformação lado a lado com as suas administrações, são eles:
- Criar senso de urgência
- Formar visão estratégica
- Criar um grupo/ departamento voluntário
- Construir uma coalização de orientação
- Remover barreiras
- Sustentar a aceleração para a mudança
- Criar e celebrar pequenas vitórias a curto prazo
- Mudança da organização
Uma empresa Agile é uma empresa que se adapta continuamente a alterações do contexto competitivo onde se insere. Esta definição serve igualmente para os departamentos de Capital Humano.
São exemplos desta adaptação no capital humano: a revisão e atualização de objetivos da avaliação de desempenho, com regularidade; estabelecer um backlog com priorização de tarefas e etapas para os processos de gestão de capital humano mais burocráticos; aderir ao recrutamento através dos meios digitais e redes sociais profissionais que possibilitam o contacto mais célere e eficaz com o talento em qualquer parte do mundo; promover o recrutamento enquanto trabalho conjunto entre a equipa de RH e o Departamento em que o candidato vai trabalhar; evitar padrões processuais fechados dando espaço para adaptações em cada processo de capital humano, conforme as necessidades que vão surgindo; evitar que fornecedores externos modifiquem procedimentos internos e gerem dependência.
Em suma, o RH precisa ser visto como um acelerador de agilidade e não mais um obstáculo burocrático e caro.
Da junção de todos estes contextos… a resposta à questão inicial é simples: porque é que precisam as empresas que o RH seja ágil?
Para que alguém dentro das organizações remova todos os obstáculos ao desenvolvimento humano, com vista a ganhar as competências necessárias para fazer fase a qualquer mudança, através da flexibilização de procedimentos, e da criação de uma cultura organizacional de grande transparência, colaboração, compromisso e motivação.
O verdadeiro RH ÁGIL é aquele que sabe que as pessoas e as suas interações estão acima dos processos; é aquele que desprendeu as amarras dos processos infinitos que não geram valor e cujo os dias passam mergulhados em estados de piloto automático, para olhar para o seu departamento com espírito crítico, autonomizar mudanças com vista à simplificação.
“Ser ágil não é ser o mais rápido, mas o mais adaptável”
Lúcia Palma CEO, Mind Up Agile