No âmbito dos programas de capacitação dos colaboradores, os gestores de pessoas alargam suas visões na expectativa de alinhar competências profissionais e valores das organizações. O mapeamento de necessidades é factor crucial para integração dos colaboradores, aos cargos e actividades desempenhadas, quando este processo está alinhado com o plano estratégico e objetivos individuais.

É muito comum na  fase  de recrutamento de novos quadros, estes questionarem sobre a existência de uma politica de formação e de um plano de progressão de carreira, deixando claro que as suas motivações  não  estão alinhadas apenas aos benefícios salariais.

Por outro lado, após avaliação de desempenho, os quadros têm a oportunidade de indicarem os pontos de melhoria que desejam ser revistos no âmbito do desenvolvimento de um plano de formação, por via da indicação de suas necessidades. Assim como, o novo cenário exige mudanças e actualização das infraestruturas tecnológicas institucionais, os colaboradores também acompanham o movimento VUCA, quando investem em competências como  flexibilidade, adaptabilidade e  criatividade.

Cada vez mais conhecer-se, saber onde está e onde se quer chegar são ferramentas chaves do novo profissional que acompanha este movimento volátil, incerto, complexo e ambíguo, ou seja, enganam-se os gestores que ainda teimam ficar atrelados na apresentação da proposta salarial como o único atrativo de ingresso e manutenção ou retenção de quadros nas instituições a que respondem.

O colaborador que investe em si, e que desenvolve continuamente suas competências emocionais “Soft Skill” e técnicas “Hard Skills”,  cria um plano individual de desenvolvimento que atende às suas necessidades de progressão na carreira. E é neste contexto que voltamos a alertar aos gestores para estarem atentos aos indicadores de desempenho dos seus colaboradores.

O mapeamento das necessidades de formação e sua execução alinhados aos planos de execução de curto, médio e longo prazo devem existir, dentro das instituições; crenças limitadoras devem ser banidas face ao novo cenário de pandemia, o investimento em capacitação é prioritário quando o assunto são os seus colaboradores.

Instituições e profissionais que não se antecipam às novas exigências, serão engolidos pelo sistema, estarão a competir com o seu próprio fracasso existencial. Acompanhar as necessidades de formação dos seus colaboradores é fomentar o processo de transformação interno que deve ser vivenciado por todos, a todos os níveis da instituição.

A pergunta certa a ser feita hoje é: como transformar os seus colaboradores  num esquadrão imbatível em tudo o que se faz? O que precisa de ser desenvolvido internamente para que os colaboradores cheguem ao mais alto nível de performance. Resposta: invista nos seus colaboradores,  invista em formações de autoconhecimento e mapeamento de perfil, por forma  a alinhar os seus planos de necessidade de formação.

Paula de Paula da Silva,

Mentora e Consultora Integral Sistêmico, Treinadora e Analista de Perfil Comportamental.

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