Nos últimos anos o sector social tem crescido em termos de complexidade o que implica, entre outros factores, que a sua liderança seja mais capacitada não bastando, apenas, o espírito de Missão (sem dúvida muito importante) e o espírito de sacrifício.

Temos assistido a um caminho de desenvolvimento do setor social, em termos de metodologias de gestão, qualidade dos seus relatórios e informação financeira, mas, pergunto, “como é tratado o tema de gestão de pessoas”? “Este tópico é uma prioridade na agenda da Direção”? “As Lideranças têm as competências necessárias para lidar com estes temas”? “As Lideranças são apoiadas nestes processos”?

Sabemos que, num contexto onde o que prevalece é o lucro social, é habitual ouvirmos comentários de que há escassez de recursos humanos e financeiros logo, as perguntas referidas anteriormente quase que poderão funcionar como questões de autodiagnóstico para que cada Organização, no sentido de constatar se, além das competências técnicas e de gestão, há oportunidade para o desenvolvimento de competências sociais/humanas.

Quando pensamos sobre a liderança de Organizações Sociais falamos daquelas competências transversais a qualquer setor e que permitem, conseguirem que as suas equipas/colaboradores/voluntários desenvolvam as suas atividades alinhadas com a Missão da Organização, enquanto se sentem inspirados pelas respectivas lideranças.

A verdade é que, a prioridade que se tem dado ao tema não é a mais elevada. Ainda se olha para este tema da Liderança, competências humanas, como fazendo parte de uma linguagem mais empresarial, mas, acredito que o papel das Lideranças (qualquer que seja o seu nível hierárquico) será, também, um fator decisivo na sustentabilidade das Organizações Sociais.

Cristina Tomé – Coach, Consultora de RH.

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