Parte 1

Como Gestora de formação Profissional, numa das instituições que considero das mais prestigiantes do país, a Academia BAI e, estando em permanente contacto com as necessidades de formação das diferentes empresas, quer a nível do sector público, quer a nível do sector privado, posso afirmar que aquilo que era por muitas empresas considerado como um custo – a formação -, pois sempre que se falava em redução de custos, o primeiro corte verifica-se na rúbrica da Formação Profissional, actualmente é um investimento. Este quadro tem-se alterado, na medida em que a manifestação de interesse dos clientes em formar os seus quadros é cada vez maior, e não falamos apenas de formações técnicas, as formações da vertente comportamental assumem uma posição preponderante, andam lado a lado com as formações técnicas, e deste modo, podemos afirmar que, uma empresa que investe no seu Capital Humano, é uma empresa que não está apenas a pensar na maximização do lucro, ou seja, o retorno para os accionistas, mas prioriza as pessoas, tendo a plena consciência de que para a “máquina” funcionar, o lado humano tem de estar em pé de igualdade com a obtenção dos resultados. Estas empresas valorizam assim, as relações interpessoais, não fomentam a desigualdade de géneros, raças ou crenças, contribuindo significativamente para o desenvolvimento e o crescimento dos seus colaboradores através da formação e, consequentemente leva a melhoria da qualidade de vida dos mesmos. Muitas vezes estas formações, possibilitam ascensão na carreira e por sua vez, melhores salários, e melhores condições de vida. Se pensarmos na pirâmide de Maslow, as empresas ao apostarem na formação dos seus colaboradores, estão a elevar as necessidades de satisfação dos mesmos para os últimos níveis da pirâmide. É importante abrir um parêntesis e explicar esta teoria, A Pirâmide de Maslow, também chamada de hierarquia das necessidades de Maslow, é um conceito criado na década de 50 pelo psicólogo norte americano Abraham H. Maslow. O seu objectivo é determinar o conjunto de condições necessárias para que um indivíduo alcance a satisfação, seja ela pessoal ou profissional.

De acordo com a teoria, os seres-humanos vivem em busca da satisfação de determinadas necessidades. Para o psicólogo, a perspectiva de satisfação dessas necessidades é o que gera a força motivadora nos indivíduos.

A pirâmide de Maslow é usada então, para demonstrar a hierarquia dessas necessidades. Ou seja, descreve quais são as mais básicas (base da pirâmide) e as mais elaboradas (topo). As necessidades base são aquelas consideradas necessárias para a sobrevivência, enquanto as mais complexas são necessárias para alcançar a satisfação pessoal e profissional. Agora que já percebemos que, depois de satisfeitas as necessidades básicas, os seres humanos buscam sempre satisfazer as necessidades de estima, e a formação tem uma forte contribuição neste crescimento, por vários motivos, sentimo-nos reconhecidos, valorizados, que somos úteis para a empresa, e vemos acima de tudo possibilidades de melhoria de qualidade de vida quando a entidade patronal está a formar-nos, também significa estabilidade, uma garantia dos nossos empregos de certa forma, que ainda contam connosco e isso dá uma sensação de pertença e acaba por criar melhores laços e relacionamentos interpessoais. Por outro lado, um funcionário com as necessidades de auto-realização satisfeitas acaba por dar o melhor de si em todas as esferas, com a qualidade esperada pela entidade patronal.

Gostaria de ilustrar os cursos com maior procura  no que diz respeito à formação na área comportamental, tal como referi no inicio do artigo, os empregadores não só estão a apostar muito na formação profissional, mas também cada vez mais virado para a área comportamental, pois acredita-se que um bom profissional tem de agregar uma boa componente técnica acompanhado de grandes competências comportamentais, sejam elas, a capacidade de comunicação, a inteligência emocional, gestão de tempo, gestão do stress, gestão de conflitos, liderança, gestão de equipas, entre outras componentes comportamentais que faz com que um profissional evolua de bom a excelente. E a pensar na importância destas valências e da importância do trabalho em equipa para obtenção de melhores resultados, a Academia BAI tornou-se recentemente a Parceiro Regional da ferramenta Clarity 4D UK.

O Clarity 4D tem sido muito procurado pelas empresas com o objectivo de entender as pessoas com quem trabalha ou emprega, para serem capazes de maximizar um alto nível de comprometimento dos funcionários, trabalho em equipa e ter uma equipa motivada.

Continua… (Parte II)

One thought on “Contribuição da Formação para humanizar as Organizações e contribuir para a Qualidade de Vida dos Trabalhadores – I Parte”

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