A aventura do CRH parece que começou ontem e afinal o primeiro artigo que escrevi para esta COMUNIDADE foi a 21 de Dezembro de 2018. Pelo meio uma Pandemia que não nos quer deixar, muitas adaptações, improvisos e muitas aprendizagens.
Reconheço que ao longo destes 3 anos, os sentimentos foram mudando conforme os meses e os acontecimentos pessoais, nacionais e mundiais. As relações familiares, amizades, negócios e até contactos ocasionais foram sofrendo mutações enormes algumas tiveram início em realidades mais virtuais, algumas desapareceram, outras mantiveram os ritmos, apenas se adaptaram a novas formas e modos.
Apesar do caos mundial, tudo continua a acontecer no ciclo imparável da vida. E a vida em Angola, tem vindo a sofrer com estes acontecimentos mundiais. As ondas de choque chegam a Angola agudizando alguns problemas que ainda estávamos a tentar resolver, entre eles a saúde, a educação, o emprego e o desemprego e outros.
Nesta nova realidade de grupos de WSAP, a CRH é um pouso seguro de partilhas, de dúvidas para ouvir e ponderar antes de executar, e a solidariedade é abundante no espírito de entreajuda.
Mas existem outros grupos, onde as partilhas por vezes nos deixam “à beira de um ataque de nervos”, pela falta de critério, de respeito pelas regras dos administradores, e pelo ridículo de algumas justificações, perante alguma chamada de atenção por parte dos responsáveis, «… este grupo não permite este tipo de mensagens…», a resposta mais frequente: «… recebi de outro grupo e apenas partilhei…»
Nos últimos dois anos, as redes sociais tornaram-se a forma dominante de comunicar, seja nos grupos de WSAP, através do Facebook, do LinkedIn, do Telegram entre outros, e exige de todos os utilizadores, saber estar, ponderação, leitura prévia e muito bom senso.
Mensagens cheias de erros, não são letras trocadas, são erros ortográficos, algumas fotos inapropriadas, comentários que transmitem, reforçam a imagem dos utilizadores e deixam algumas dúvidas e incertezas no “ar”.
Ainda hoje vi uma publicação no LinkedIn, não era o local apropriado, definitivamente não, mas a agressividade dos comentários, o insulto, a crítica fácil, fizeram-me reflectir: E se a nossa energia fosse utilizada para ajudar e não para insultar?
Se fosse usada para influência interpessoal, normativa ou informativa, para reforço da vigilância, da partilha de documentação e da criatividade, não estaríamos a contribuir para os resultados comportamentais esperados nas redes sociais?
Porque acredito nisso, e considero o CRH um exemplo a manter, vou partilhar o meu investimento neste último ano de 2021.
Em teletrabalho, usei os créditos das longas horas no trânsito de Luanda, para voltar a estudar, para ler mais, investigar mais. Que prazer aprender, reaprender e recordar.
Nesta procura, descobri a Economia de Comunhão (EdC), a Economia de Francisco, e se já me preocupava com a humanização da economia e das organizações e das influências que poderá ter numa sociedade melhor, os 10 princípios deste novo conceito, tornaram-se desafios diários, que me têm inspirado, me ajudaram a enfrentar um duro 2021 e espero melhorar ao longo de 2022:
Princípio 1 – Ecologia Integral
Princípio 2 – Desenvolvimento Integral
Princípio 3- Alternativas anticapitalistas
Princípio 4 – Bens Comuns
Princípio 5 – ‘Tudo está interligado’
Princípio 6 – Potência das periferias vivas
Princípio 7- Economia a serviço da vida – “realmar” a economia
Princípio 8 – Comunidades como Saída
Princípio 9 –Educação Integral
Princípio 10 – Solidariedade e no clamor dos povos
Para explorar:
Cristina Afonso,
Directora Geral da BET ON PEOPLE